Linguagem corporal, também chamada de não verbal, é uma forma de comunicação usada pelo nosso corpo, relacionada à maneira como ele se expressa, e é tão misterioso e complexo quanto um cofre digital com suas senhas e padrões.
Ela consiste em um conjunto de gestos, expressões faciais, olhares, posturas, movimentos conscientes e inconscientes, movimentos sutis e explícitos, os quais passam informações importantes através de um diálogo sem palavras.
Cada manifestação tem um sentido próprio e específico dentro do contexto da comunicação, indo desde uma troca de olhares mais longa até um tremor constante das mãos e/ou pernas de quem está na conversa. Porém, os sinais da linguagem corporal são subjetivos, e por isso nem sempre são interpretados de acordo, muitas vezes passando despercebidos.
Tanto quem emite quanto quem os recebe está sujeito a isso, já que a linguagem corporal na maioria das vezes ocorre a partir de impulsos inconscientes ou de estímulos praticamente ocultos.
Como a linguagem corporal pode influenciar no trabalho?
Assim como uma instalação de painéis elétricos influencia na distribuição de energia de uma casa, a linguagem corporal tem essa mesma dinâmica em diversos fatores e situações em uma empresa, afinal é fundamental uma boa comunicação entre uma equipe de trabalho.
Dessa forma, a postura do corpo também entra na jogada, merecendo atenção redobrada para haver o máximo possível de melhoras em cada integrante da equipe. Com isso, a produtividade do grupo e os resultados, tanto individuais quanto coletivos, poderão melhorar.
Isso ocorre pelo fato de que, com uma boa comunicação, a equipe passa a ficar mais alinhada, criando relações harmoniosas, transparentes e sem ruídos.
Um funcionário cuja postura e expressão não passam confiança pode prejudicar a equipe na totalidade, assim como um líder que expressa um estresse constante; ou seja, pequenos detalhes dentro da equipe afetam a equipe toda. Comparativamente, é como se todos os colaboradores usassem a calça de brim uniforme e apenas um não o fizesse. Pega mal e não faz sentido dentro da visão da empresa.
Uso da leitura corporal durante o processo de recrutamento e seleção
Não é só no ambiente de trabalho entre as equipes que a linguagem corporal tem papel fundamental: no processo de recrutamento e seleção também é importante ter uma boa expressão com o corpo. Muitos gestores usam a leitura corporal como uma das ferramentas decisivas na hora de escolher o melhor candidato para uma vaga.
Ao analisar cada detalhe da expressão do possível funcionário, se identifica diversos aspectos do mesmo, como nível de engajamento, habilidades interpessoais, se este passa confiança, etc.
Claro, vale reforçar que mesmo que um profissional tente controlar suas reações, seu corpo poderá agir de forma instintiva, reagindo de tal maneira que não será possível evitar qualquer expressão.
Em momentos como este, o recrutador observa os sinais do candidato, por mais curtos e simples que sejam, para interpretar e entender o que o candidato sente: ansiedade, nervosismo, confiança, etc.
Em outras palavras, a linguagem corporal faz com que o recrutador tenha os primeiros indícios sobre como é a personalidade do indivíduo, sendo um fator importante na hora de escolher entre uma pessoa e outra.
Por exemplo: uma pessoa que chega para uma entrevista e senta na ponta da cadeira, pode dar a entender que ela está com pressa ou ansiosa, prejudicando seu resultado. Por outro lado, se a pessoa se senta com todo o corpo apoiado, a impressão que o entrevistador será outra.
Assim, a leitura corporal é um ponto tão decisivo quanto a escolha de um profissional experiente para fazer a montagem de painel elétrico dentro de sua residência, na hora de decidir quem será o novo colaborador do time da empresa.
Abaixo, trazemos alguns exemplos do que pode ser negativo na linguagem corporal em ambiente de trabalho:
- Olhar sem parar para todos os lados e balançar muito os pés ao sentar, por ser um gesto que denota nervosismo e ansiedade;
2. Gesticular demais ou de menos, sem um meio-termo;
3. Sentar-se muito relaxado na cadeira ou ficar se espreguiçando;
4. Olhar para o relógio o tempo todo é um gesto que mostra que a pessoa está com pressa e quer ir embora logo. Trata-se de um comportamento que pode mostrar que a pessoa não gosta de trabalhar, ou que está considerando uma reunião como cansativa e chata;
5. Dar as costas às pessoas. Mesmo durante as apresentações, o profissional deve buscar fazer um meio-termo para não ficar de costas para os que estão assistindo, por ser um gesto que pode fazer com que o público se distraia, se desligue. Ao virar as costas, o apresentador não estará se dirigindo às pessoas;
6. Rir muito alto e/ou dar gargalhadas no ambiente de trabalho, ou fazer piadas a todo momento. Um líder/gestor, por exemplo, corre o risco de não ser levado a sério se fizer piadas em qualquer situação e não souber ler as situações para identificar o momento ideal de ser descontraído ou não.
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Este artigo foi escrito por Éder Pessôa, criador de conteúdo do Soluções Industriais